analista judiciário

O que faz um analista judiciário de tribunais de justiça?

O concurso para analista judiciário do TJRJ será retomado; descubra quais são as atribuições e a rotina dos analistas judiciários

Os Tribunais de Justiça são responsáveis pelo julgamento de ações cíveis, do consumidor, de família, crimes comuns, falências, execuções fiscais, entre outras. Diferentemente do que algumas pessoas acreditam, o TJ oferece oportunidades de trabalho para pessoas com formação em diferentes áreas de conhecimento.

No concurso TJRJ, por exemplo, além das vagas destinadas para candidatos com formação de nível médio, também estão previstas vagas para analistas — com formação superior — em áreas como Psicologia, Medicina e Assistência Social. 

Porém, há vagas chamadas “sem especialidade”, que são destinadas a pessoas com formação em nível superior em qualquer curso. Antes de entender melhor como funcionam essas vagas e quais são as atribuições desses analistas, é importante compreender o que é faz um analista judiciário e por que ele se diferencia do cargo técnico.

O que é um analista judiciário

De forma geral, nos concursos públicos para os Tribunais de Justiça brasileiros, as vagas são divididas em dois grupos principais: técnicos e analistas.

As vagas chamadas para cargo técnico são destinadas a pessoas com formação completa no ensino médio, ou seja, que concluíram a educação básica e média mas não possuem formação em nível superior. Desta forma, podem se candidatar a essas vagas qualquer pessoa que tenha concluído o ensino médio.

A expressão “analista”, por sua vez, se refere às vagas destinadas a pessoas com formação de nível superior. Nesse grupo se encaixa o analista judiciário.

As diferenças entre o cargo sem e com especialidade

Em alguns concursos o edital determina a especialidade exigida. Por exemplo, em um cargo descrito como “Analista Judiciário Assistente Social”, a vaga é destinada para pessoas com formação superior no curso de Assistente Social.  

Quando o edital oferece uma vaga de analista sem determinar o curso no qual a pessoa precisa estar formada, significa que a vaga é aberta a todas as pessoas que tenham nível superior completo, independentemente do curso em que se formaram.

Por isso, a diferença entre o cargo com e sem especialidade é, como o próprio nome sugere, a obrigatoriedade ou não de ter se formado em um curso específico.

De forma geral, a exigência de ter formação em um determinado curso vai depender das necessidades do órgão que está realizando o concurso público. 

Atribuições do cargo de analista judiciário

Aqui, é fundamental entender que as funções de um cargo de analista, seja ele com ou sem especialidade, sempre estão descritas no edital do concurso público. Isso significa que as atribuições mudam de acordo com o tribunal e o concurso escolhido.

No caso do concurso para o TJRJ, por exemplo, onde são oferecidas vagas para analista com formação em diversas áreas e também vagas para analistas sem especialidade, o cargo de analista judiciário compreende as seguintes funções:

“Execução de Mandados: realizar diligências externas relacionadas com a prática de atos de comunicação processual e de execução, tais como: cumprir pessoalmente as ordens de citação, intimação, prisão, penhora, arresto e demais diligências próprias de seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora, na presença de duas testemunhas, sempre que possível; executar as ordens do magistrado a que estiver subordinado; entregar o mandado, depois de cumprido, na serventia, dentro do prazo estabelecido.”

Como saber se o concurso tem vaga para analista sem especialidade

As exigências do concurso público, tanto com relação à formação quanto às demais obrigatoriedades, sempre estão descritas no edital do concurso. As questões das provas são aplicadas a partir do conhecimento exigido para o cargo. Assim, nos cargos de analista sem especialidade, não haverá questões de cunho técnico em áreas específicas.

No concurso do TJRJ, por exemplo, para o cargo de Analista sem especialidade, estão previstas 60 questões de múltipla escolha, que vão avaliar os conhecimentos básicos em língua portuguesa, ética no serviço público,  legislação especial e noções de direitos das pessoas com deficiência. 

A diferença entre as vagas para nível técnico e superior (analista) mudam de um concurso para outro. A principal vantagem das vagas em nível superior é uma remuneração mais alta. Por isso, vale a pena consultar os editais e verificar as oportunidades e exigências de cada concurso.